quinta-feira, 2 de agosto de 2012

MATERIAL REFERENTE A TEMÁTICA DE AGOSTO II


FRANCISCO BRENNAND
Basta caminhar com um mínimo de atenção pelas ruas recifenses para chegar à constatação: Francisco Brennand está em toda parte. Diante do marco zero da cidade - sobre os arrecifes - repousam 90 esculturas. No pátio da estação central do metrô, um painel de 200 metros quadrados chama a atenção. Está também em um dos principais museus da cidade, o MAMAM (Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães). Mas é nas fachadas de inúmeros prédios que o ceramista se multiplica. Uma lei municipal determina que todos os edifícios da cidade devem ter esculturas ou murais com pintura ou cerâmica. Brennand é o preferido.
O artista, que em junho completa 80 anos, nasceu na capital pernambucana em família abastada. Educado nas melhores escolas do Rio e de Recife, teve a infância marcada pelas artes. As primeiras manifestações são caricaturas de colegas e professores. Cresce ao lado de gente como Ariano Suassuna, que em 1945 o leva para ilustrar seus poemas no Jornal Literário. Mais tarde assumiria os figurinos da primeira adaptação cinematográfica de O Auto da Compadecida, dirigida por George Jonas em 1969.
Começa a trabalhar com artes plásticas aos 15 anos. Porém, o reconhecimento como ceramista viria só mais tarde. De início, se debruça sobre as telas. Recebe dois prêmios do Salão de Arte do Museu do Estado de Pernambuco, em 1947 e 1948. Por essa época, sua única escultura era Deborah, em homenagem à esposa.
Em fevereiro de 1949 o casal vai a Paris, a convite do conterrâneo Cícero Dias. O trio visita a exposição de cerâmicas de Picasso. Ao se deparar com as obras, Brennand percebe que o material ali exposto tinha a mesma essência de suas pinturas. Até então vinha ignorando uma técnica riquíssima. Pra piorar, tudo o que precisasse para trabalhar poderia conseguir nas fábricas da família.
Na recém-inaugurada fábrica de azulejos do pai, faz um dos mais importantes trabalhos de sua carreira: a Batalha dos Guararapes. Encomendado pelo Banco da Lavoura de Minas Gerais, o mural possui mais de 30 metros de cerâmica colorida e ilustra um importante episódio da história recifense. Expõe sua arte pelo País afora, bem como no exterior. Entre muitas premiações, recebe em 1993 o Prêmio Interamericano de Cultura Gabriela Mistral, da OEA (Organização dos Estados Americanos), em reconhecimento pela sua contribuição à cultura do continente. Desde 1971, seu santuário criativo é a Oficina Francisco Brennand, em Recife - antiga fábrica de seu pai, fechada em 1945. Mais que uma oficina, é um parque de proporções surpreendentes. Instalada em um espaço de cerca de 10 mil metros quadrados, abriga esculturas, painéis e pórticos em galpões e ao ar livre. O projeto paisagístico é de Burle Marx.
Os fornos, que antes coziam tijolos, hoje aquecem a imaginação do artista, que, assim como Oxóssi (o orixá símbolo de sua oficina), é inquieto, sempre à procura de algo que não encontra.





ROMERO BRITTO




Carreira


Sua carreira começou aos 18 anos em Pernambuco.Mas desde 08 anos já começou a se interessar pelas artes plasticas,e mostrou talento. Atualmente é um dos mais premiados pintores pernambucanos. Britto alega ter criado seus quadros para invocar o espírito de esperança e transmitir uma sensação de aconchego. Suas obras são chamadas, por colecionadores e admiradores, de "arte da cura". Embora bem-intencionado, os resultados estéticos são bastante discutíveis (isto na opinião de alguns), pois, analisando suas obras com olhar crítico e imparcial, o que encontramos é uma diluição repetitiva e pouco original dos pressupostos da pop art como preconizados por Andy Warhol e Robert Rauschenberg, aos quais mistura certos cacoetes estilísticos típicos da arte gráfica das histórias em quadrinhos. A diluição não é demérito, é o que fortalece essa arte inovadora, é que se propõe Romero, instigar a arte com a alegria das cores. Em 2005, como testemunho de seu impacto sobre a elite política e financeira de Miami, Romero foi nomeado embaixador das artes do Estado da Flórida pelo ex-governador Jeb Bush (irmão de George W. Bush e também membro do Partido Republicano). Concomitantemente, em 2005 e 2006, Romero Britto foi convidado a participar de uma pequena lista de artistas internacionais selecionados para a Bienal de Florença. "Arts and Exhibitions International" convidou Romero para criar uma pirâmide comemorando o retorno da exposição do Tesouro de Tutancâmon a Londres, depois de 35 anos. A pirâmide de Romero é a maior instalação de arte na história do Hyde Park até hoje, com a altura equivalente a um edifício de quatro andares. Foi produzida em tributo às antigas Pirâmides de Gizé, a última das sete maravilhas do mundo antigo. A pirâmide está programada para ficar permanentemente instalada no Museu da Criança no Cairo, Egito. Em 2008, Romero Britto criou uma série limitada de selos postais intitulados Esportes para a paz, que celebraram o memorável talento dos atletas para os Jogos Olímpicos de Beijing, e também expôs sua arte no famoso Museu do Louvre, em Paris. Britto acredita que "A arte é muito importante para não ser compartilhada", e esta é uma das razões pelas quais ele criou a Fundação Romero Britto, em 2007.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, em 2009 o pintor foi parar num distrito policial nos Estados Unidos, por estar dirigindo sob efeito de álcool.[1]
O artista foi convidado pela terceira vez consecutiva para ser um palestrante do World Economic Forum; recebeu convite para fazer a abertura do Super Bowl XLI com o Cirque du Soleil, e ainda para criar a prestigiada coleção de selos postais para a ONU, além de inúmeros outros convites. Embora não seja prova da qualidade estética da obra do pintor, isso evidencia que Romero Britto está presente nas mais preciosas coleções particulares, sendo sempre requisitado pelas maiores empresas do mundo, às quais incorpora sua arte e assim traz visibilidade às marcas, tais como AbsolutDisney,MovadoPepsiEvianMicrosoft e Audi. Hoje Romero possui duas galerias, uma localizada em Miami Beach, na famosa Lincoln Road, e uma belíssima e moderna galeria projetada pelo arquiteto João Armentano, localizada na badalada Rua Oscar Freire, n. 562, no coração dos Jardins. EmSão Paulo cidade Em 2012, foi pela primeira vez, homenageado por uma escola de samba: A Renascer de Jacarepaguá que contou a vida do artista em sua estreia no Grupo Especial com o enredo "Romero Britto, o artista da alegria dá o tom na folia". A escola abriu o Carnaval do Rio de Janeiro de2012, sendo a primeira escola a desfilar no domingo de carnaval.

Estilo


Romero Britto é conhecido como artista pop brasileiro, radicado em Miami. Suas obras caíram no gosto das celebridades por sua alegria e sua cor, tendo sido alçado para a fama ao realizar a ilustração de uma campanha publicitária para a vodca Absolut. Começou no mundo do "grafite" e hoje é o artista preferido de vários atores e atrizeshollywoodianos. Porém nunca obteve sucesso com a crítica especializada, uma vez que se trata de um artista cujo trabalho é por demais determinado pela indústria cultural, sendo impossível distinguir até que ponto seu trabalho deve ser visto como arte ou como prática de marketing.

 

JOSÉ CLÁUDIO


José Cláudio da Silva nasceu em Ipojuca, Pernambuco, em 1932. Começou a desenhar nos papéis de embrulho da loja de seu pai, Amaro Silva. Em 1952, interrompeu o curso de Direito, da Faculdade de Direito de Recife, e ingressa no Atelier Coletivo, da Sociedade de Arte Moderna do Recife, dirigido pelo escultor Abelardo da Hora.
Em 1957 participa da IV Bienal de São Paulo, que lhe confere prêmio de aquisição. Em 1975 pinta 100 óleos documentando aspectos da Amazônia. Fez essa viagem pelo Rio Madeira a convite do zoólogo e compositor Paulo Vanzolini, que costumava levar um artista em excursões à Amazônia (hábito dos cientistas mais antigos).
Um dos desenhos da série sobre a Amazônia foi levado pelo zoólogo americano Ronald Hayer para o Museum of Natural History, da Smithsonian Instituiton, Washington. Os quadros foram adquiridos pelo governador de São Paulo, Paulo Egydio, e se encontram hoje no Palácio Bandeirantes.
Trabalhou na Bahia com Mário Cravo, Carybé e Jenner Augusto; e em São Paulo com Di Cavalcanti. Estudou gravura com Lívio Abramo na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo; Modelo Vivo e História da Arte na Academia de Belas Artes de Roma, bolsista da Fundação Rotelini (Itália).
Lançou os livros Viagem de um jovem pintor à Bahia e Ipojuca de Santo Cristo(1965), Bem dentro (1968)) e Meu pai não viu minha glória (1995).
Em 1992, foi um dos dez artistas brasileiros eleitos por uma comissão de críticos para fazer cartaz comemorativo dos 50 anos da chegada da Coca-Cola ao Brasil: "Coca-Cola 50 anos com arte".
Em 2004, pintou um painel sobre festas populares de Pernambuco para o novo Aeroporto dos Guararapes. Reside em Olinda.



O quadro de José Cláudio, "Benção da Bandeira" (2007), representa a Revolução de 1817, ocorrida em Pernambuco. Liderado por padres ligados à maçonaria, esse movimento revolucionário sustentou por três meses a independência pernambucana, incluindo em seu raio de liberdade o Rio Grande do Norte e a Paraíba.


Roberto van der Ploeg nasceu em Valkenburg aan de Geul na Holanda em 1955. Ele veio em 1979 para o Brasil no contexto de um estudo de mestrado em Teologia Latino americana. Desde 1982 reside no Nordeste brasileiro. A mudança da teologia para a pintura não foi muito radical para Roberto Ploeg. Segundo ele teologia e arte são de essência metafórica porque as duas procuram apresentar de maneira pessoal, experiências universais em imagens literárias e visuais. Neste sentido o teólogo é um artista da palavra. O caminho pessoal de Ploeg foi da palavra à imagem visual. Ele fez sua formação artística através de vários cursos em instâncias culturais em Olinda e Recife (MAC, Oficina Guaianases, Escolinha da Arte, UFPE, IAC, Fundaj). Após anos de atividades como teólogo da libertação no Nordeste Brasileiro, ele opta em 1995 definitivamente pela arte.

Roberto Ploeg retrato de Pedro


Ao completar 10 anos de vida Pedro ganhou de presente dos seus pais um retrato dele em óleo sobre tela. Pedro veio três vezes ao atelier para sessões de pose. Fiz três retratos: entretido com um pequeno computador, o rosto de frente e um retrato de olhos fechados. A gente, quer dizer Pedro, os pais dele e eu mesmo, achamos o último o melhor. Neste retrato a gente se aproxima mais do Pedro e até se pergunta: o que se passa na cabeça dele? Talvez seja este envolvimento do espectador que encanta.
MÚSICA
LUIZ GONZAGA
LENINE


Filho de um velho comunista e de uma católica praticante, criou-se porém uma espécie de détente na família. Até os 8 anos, os filhos eram obrigados a ir à missa com a mãe. Depois disso, ficavam por conta do pai: Marx era leitura obrigatória. Aos domingos, ouvia-se música de todo tipo - canções napolitanasmúsica alemãmúsica folclórica russaGlenn MillerTchaikovskyChopinGil Evans, e mais tarde, Hermeto Pascoale os tropicalistas.[2]
Foi para o Rio de Janeiro no final dos anos 1970, pois naquela época havia pouco espaço ou recursos para música no Recife. Morou com alguns amigos, compositores. Dividiram por algum tempo um apartamento na Urca, depois uma casinha numa vila em Botafogo, famosa por ter sido moradia de Macalé e Sônia Braga. Depois foram para Santa Teresa.[3]
Lenine teve seu som gravado por Elba Ramalho, sendo ela a primeira cantora de sucesso nacional a gravar uma música sua. Depois vieramFernanda AbreuO RappaMilton NascimentoMaria RitaMaria Bethânia e muitos outros.
Produziu "Segundo", de Maria Rita; "De uns tempos pra cá", de Chico César; "Lonji", de Tcheka (cantor e compositor do Cabo Verde); e "Ponto Enredo", de Pedro Luís e a Parede.
Trabalhou em televisão com os diretores Guel Arraes e Jorge Furtado. Para eles, fez a direção musical de "Caramuru, a Invenção do Brasil" que depois de minissérie, virou um longa-metragem. Participou também da direção do musical de "Cambaio", musical de João Falcão e Adriana Falcão, baseado em canções de Chico Buarque e Edu Lobo.
Lenine ganhou dois prêmios Grammy Latino: um pelo "Melhor Álbum Pop Contemporâneo" com seu álbum "Falange Canibal"; e outro em 2009 na categoria melhor canção brasileira com a música "Martelo Bigorna".[4]

Álbuns


  • 1983 - Baque Solto
  • 1994 - Olho de Peixe
  • 1997 - O Dia em que Faremos Contato
  • 1999 - Na Pressão
  • 2002 - Falange Canibal
  • 2004 - Lenine In Cité
  • 2006 - Acústico MTV
  • 2008 - Labiata
  • 2010 - Lenine.doc Trilhas
  • 2011 - Chão
  • 2009 – Perfil
MESTRE SALUSTIANO


Manuel Salustiano Soares, mais conhecido como Mestre Salustiano, (Aliança12 de novembro de 1945 — Recife31 de agosto de 2008) foi um atormúsicocompositor e artesão brasileiro. Foi considerado uma das maiores autoridades em cultura popular pernambucana.
Em 2007 foi homenageado pelos seus 54 anos de carreira e recebeu o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco.
É o fundador do maracatu rural Piaba de Ouro.
Manoel Salustiano Soares - o "Mestre Salu" nasceu no dia 12 de novembro de 1945, no Engenho Oiteiro Alto, Cidade de Aliança, Zona da Mata Norte de Pernambuco. Filho de Dona Maria Tertonila da Conceição e Seu João Salustiano Soares, rabequeiro respeitado na mesma região, Mestre Salu teve uma infância muito sofrida no campo, cortando cana, limpando mato, carreando, cambitando, lá no engenho. Sempre lutava toda semana no campo e no fim-de-semana tinha preocupação de ir para os espetáculos populares como Cavalo Marinho e Mamulengo, Ciranda e Maracatu.

ANDRÉ RIO

André Rio, nascido no Bairro de São José em RecifePernambuco, é um cantor dedicado a canções regionais do Nordeste do Brasil, notadamente músicas para o carnaval. O frevo tem sido também uma de suas principais áreas de atuação[1].

Discografia


  • André Rio'' (1990) CD
  • Presença (1996) CD
  • Me leva (1997) CD
  • Na leva da embolada (2003) (CD independente)

 
LITERATURA

 
JOÃO CABRAL DE MELO NETO
 
(Recife9 de janeiro de 1920 — Rio de Janeiro9 de outubro de 1999) foi um poeta e diplomata brasileiro. Sua obra poética, que vai de uma tendência surrealista até a poesia popular, porém caracterizada pelo rigor estético, com poemas avessos a confessionalismos e marcados pelo uso de rimas toantes, inaugurou uma nova forma de fazer poesia no Brasil.
Irmão do historiador Evaldo Cabral de Melo e primo do poeta Manuel Bandeira e do sociólogo Gilberto Freyre, João Cabral foi amigo do pintor Joan Miró e do poeta Joan Brossa. Membro da Academia Pernambucana de Letras e da Academia Brasileira de Letras, foi agraciado com vários prêmios literários. Quando morreu, em 1999, especulava-se que era um forte candidato ao Prêmio Nobel de Literatura.[1]
Foi casado com Stella Maria Barbosa de Oliveira, com quem teve os filhos Rodrigo, Inez, Luiz, Isabel e João. Casou-se em segundas núpcias, em 1986, com a poeta Marly de Oliveira.

Obra


Manuel Bandeira


Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (Recife19 de abril de 1886 — Rio de Janeiro13 de outubro de 1968) foi um poetacrítico literário e dearteprofessor de literatura e tradutor brasileiro.
Considera-se que Bandeira faça parte da geração de 22 da literatura moderna brasileira, sendo seu poema Os Sapos o abre-alas da Semana de Arte Moderna de 1922. Juntamente com escritores como João Cabral de Melo NetoPaulo FreireGilberto FreyreNélson RodriguesCarlos Pena Filho eOsman Lins, entre outros, representa a produção literária do estado de Pernambuco.

Biografia


Filho do engenheiro Manuel Carneiro de Sousa Bandeira e de sua esposa Francelina Ribeiro[1], era neto paterno de Antônio Herculano de Sousa Bandeira, advogado, professor da Faculdade de Direito do Recife e deputado geral na 12ª legislatura. Tendo dois tios reconhecidamente importantes, sendo um, João Carneiro de Sousa Bandeira, que foi advogado, professor de Direito e membro da Academia Brasileira de Letras e o outro, Antônio Herculano de Sousa Bandeira Filho, que era o irmão mais velho de seu pai e foi advogado, procurador da coroa, autor de expressiva obra jurídica e foi também Presidente das Províncias da Paraíba e deMato Grosso. Seu avô materno era Antônio José da Costa Ribeiro, advogado e político, deputado geral na 17ª legislatura. Costa Ribeiro era o avô citado emEvocação do Recife. Sua casa na rua da União é referida no poema como "a casa de meu avô".
No Rio de Janeiro, para onde viajou com a família, em função da profissão do pai, engenheiro civil do Ministério da Viação, estudou no Colégio Pedro II[1] (Ginásio Nacional, como o chamaram os primeiros republicanos) foi aluno de Silva Ramos, de José Veríssimo e de João Ribeiro, e teve como condiscípulos Álvaro Ferdinando Sousa da SilveiraAntenor Nascentes, Castro Menezes, Lopes da Costa, Artur Moses.
Em 1904 terminou o curso de Humanidades e foi para São Paulo, onde iniciou o curso de arquitetura na Escola Politécnica de São Paulo, que interrompeu por causa da tuberculose. Para se tratar buscou repouso em CampanhaTeresópolis e Petrópolis.[1] Com a ajuda do pai que reuniu todas as economias da família foi para a Suíça, onde esteve no Sanatório de Clavadel, onde permaneceu de junho de 1913 a outubro de 1914, onde teve como colega de sanatório o poeta Paul Eluard.[1] Em virtude do início da Primeira Guerra Mundial, volta ao Brasil.[2] Ao regressar, iniciou na literatura, publicando o livro "A Cinza das Horas", em 1917, numa edição de 200 exemplares, custeada por ele mesmo. [2] Dois anos depois, publica seu segundo livro, "Carnaval".[1]
Em 1935, foi nomeado inspetor federal do ensino e, em 1936, foi publicada a "Homenagem a Manuel Bandeira", coletânea de estudos sobre sua obra, assinada por alguns dos maiores críticos da época, alcançando assim a consagração pública[3]. De 1938 a 1943, foi professor de literatura no Colégio D. Pedro II, e em 1940, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Posteriormente, nomeado professor de Literaturas Hispano-Americanas na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil, cargo do qual se aposentou, em 1956[4].
Manuel Bandeira faleceu no dia 13 de outubro de 1968, com hemorragia gástrica, aos 82 anos de idade, no Rio de Janeiro, e foi sepultado no túmulo 15 do mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro.[5]

Obras


Poesia


Prosa


  • Crônicas da Província do Brasil - Rio de Janeiro, 1936
  • Guia de Ouro Preto, Rio de Janeiro, 1938
  • Noções de História das Literaturas - Rio de Janeiro, 1940
  • Autoria das Cartas Chilenas - Rio de Janeiro, 1940
  • Apresentação da Poesia Brasileira - Rio de Janeiro, 1946, 2ªed.Cosac Naif-São Paulo 2009
  • Literatura Hispano-Americana - Rio de Janeiro, 1949
  • Gonçalves Dias, Biografia - Rio de Janeiro, 1952
  • Itinerário de Pasárgada - Jornal de Letras, Rio de Janeiro, 1954
  • De Poetas e de Poesia - Rio de Janeiro, 1954
  • A Flauta de Papel - Rio de Janeiro, 1957
  • Itinerário de Pasárgada - Livraria São José - Rio de Janeiro, 1957
  • Andorinha, Andorinha - José Olympio - Rio de Janeiro, 1966
  • Itinerário de Pasárgada - Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1966
  • Colóquio Unilateralmente Sentimental - Editora Record - RJ, 1968
  • Seleta de Prosa - Nova Fronteira - RJ
  • Berimbau e Outros Poemas - Nova Fronteira - RJ
  • Cronicas inéditas I
  • Cronicas inéditas II- Ed Cosac Naif- SP- 2009

     

Carlos Pena Filho

Carlos Pena Filho (Recife17 de maio de 1929 — Recife1 de julho de 1960) foi um poeta brasileiro, considerado um dos mais importantes poetas pernambucanos da segunda metade doséculo XX depois de João Cabral de Melo Neto.
Formado em Direito pela Faculdade de Direito do Recife, em frente à qual hoje se encontra o busto do poeta. Teve sua carreira prematuramente encerrada em virtude de sua inesperada morte em 1960, quando ele ainda estava com 31 anos de idade.

Biografia


Filho de pais portugueses, Carlos Souto Pena, comerciante, e Laurinda Souto Pena. Em 1937, com a separação dos pais, mudou-se para Portugal, com sua mãe e irmãos, Fernando e Mário, indo morar na casa dos avós paternos. Lá viveu dos oito aos doze anos de idade quando então retornou para o Brasil. O pai permaneceu no Recife, onde era proprietário de uma sorveteria. Fez seu curso primário enquanto esteve em Portugal e o curso secundário no Recife.
Carlos Pena Filho foi um poeta político, interessado em cada aspecto da vida de sua cidade e do seu Estado, Pernambuco. Estudante de Direito, formou-se pela Faculdade de Direito do Recife, tendo participado ativamente da política universitária, empenhando-se em campanhas eleitorais.
No dia 2 de junho de 1960, o poeta estava no carro de seu amigo, o advogado José Francisco de Moura Cavalcanti, quando foram atingidos por um ônibus desgovernado. Carlos Pena recebeu uma violenta pancada na cabeça. O rádio logo divulgou a notícia e as autoridades e os amigos acorreram ao Pronto Socorro. O motorista e Moura Cavalcanti tiveram ferimentos leves, mas Carlos Pena não resistiu aos ferimentos e morreu no dia 10 de junho de 1960.
Deixou desolados seus amigos, os intelectuais de todo o Brasil, sua esposa D. Maria Tânia, sua filhinha Clara Maria, seus dois irmãos, Fernando e Mário. O cortejo fúnebre, com discursos à beira da sepultura e com grande acompanhamento de pessoas demonstrou quanto o poeta era querido.
Como advogado atuou em repartição do Estado e, em paralelo, trabalhou como jornalista no Diário de Pernambuco, Diário da Noite e Jornal do Commercio, onde fez reportagens, escreveu crônicas e publicou alguns de seus poemas. Casou com Maria Tânia Tavares Barbosa, com quem teve uma filha, Clara Maria de Souto Pena, que lhe deu três netos: Maria Joana, Maria Luiza e Carlos Souto Pena.
Durante a vida contou com a amizade e a admiração de muitos escritores e poetas de renome. Conviveu estritamente com Manuel BandeiraJoaquim CardosoJoão Cabral de Melo NetoMauro MotaGilberto Freyre e Jorge Amado, dentre outros. Faleceu aos 31 anos, vítima de um acidente ocorrido em 2 de junho de 1960, no Recife.

Obras


  • "O Tempo da Busca", 1952
  • "Memórias do Boi Serapião", 1956
  • "A vertigem Lúcida", 1958
  • "Livro Geral", 1959

 

Ascenso Ferreira

Ascenso Carneiro Gonçalves Ferreira (Palmares9 de maio de 1895 — Recife5 de maio de 1965) foi um poeta brasileiro.

nas margens do Capibaribe, em frente ao Paço Alfândega. Ponte 12 de Setembro ou Ponte Giratória
Órfão aos treze anos de idade, passou a trabalhar na mercearia de um tio e, em 1911, publicou no jornal A Notícia de Palmares o seu primeiro poemaFlor Fenecida.
Em 1920, mudou-se para o Recife, onde tornou-se funcionário público e passou a colaborar com o Diário de Pernambuco e outros jornais.
Em 1922 casou-se com Maria Stella, filha do poeta, funcionário público e literário pernambucano Fernando Griz, mas este casamento não durou muito.
Em 1925, participou do movimento modernista de Pernambuco e, em 1927, publicou seu primeiro livro, Catimbó. Viajou a vários estados brasileiros para promover recitais.
Em 1933 conheceu Maria de Lourdes Medeiros e passou a morar com ela. Em 1948 nasceu Maria Luísa, filha do casal.
Em 1941 publicou o seu segundo livro Cana Caiana. O terceiro livro Xenhenhém estava pronto para ser editado, mas só sairia em 1951, incorporado à edição de Poemas, que foi o primeiro livro surgido no Brasil apresentando disco de poesias recitadas pelo seu autor - a edição continha, ainda, o poema O trem de Alagoas, musicado por Villa-Lobos.
Em 1955, participou ativamente da campanha presidencial de Juscelino Kubitschek, inclusive participando de comícios no Rio de Janeiro. Em 1956, foi nomeado por JK para a direção do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, no Recife, mas a nomeação foi cancelada dez dias depois, porque um grupo de intelectuais recifenses não aceitava que o poeta e boêmio irreverente assumisse o cargo. Foi nomeado, então, assessor do Ministério da Educação e Cultura, onde só comparecia para receber o salário.
Em 1963, a Editora José Olympio (RJ) lançou Catimbó e outros poemas.
Usava sempre um grande chapéu de palha, que era uma verdadeira logomarca.

 

 

Ariano Suassuna

Ariano Vilar Suassuna (João Pessoa16 de junho de 1927) é um dramaturgoromancista e poeta brasileiro. É o atual secretário de assessoria ao governador de Pernambuco, Eduardo Campos[1]
É defensor da cultura do Nordeste e autor do Auto da Compadecida e A Pedra do Reino.

Biografia


Ariano Vilar Suassuna nasceu em João Pessoa, aos 16 de junho de 1927, filho de Cássia Villar e João Suassuna. No ano seguinte, seu pai deixa o governo da Paraíba e a família passa a morar no sertão, na Fazenda Acauhan, em Taperoá.
Com a Revolução de 30, seu pai foi assassinado por motivos políticos no Rio de Janeiro e a família mudou-se para Taperoá, onde morou de 1933 a 1937. Nessa cidade, Ariano fez seus primeiros estudos e assistiu pela primeira vez a uma peça de mamulengos e a um desafio de viola, cujo caráter de "improvisação" seria uma das marcas registradas também da sua produção teatral.
A partir de 1942 passou a viver no Recife, onde terminou, em 1945, os estudos secundários no Ginásio Pernambucano e no Colégio Osvaldo Cruz. No ano seguinte iniciou a Faculdade de Direito, onde conheceu Hermilo Borba Filho. E, junto com ele, fundou o Teatro do Estudante de Pernambuco. Em 1947, escreveu sua primeira peça, Uma Mulher Vestida de Sol. Em 1948, sua peça Cantam as Harpas de Sião (ou O Desertor de Princesa) foi montada pelo Teatro do Estudante de Pernambuco. Os Homens de Barro foi montada no ano seguinte.
Em 1950, formou-se na Faculdade de Direito e recebeu o Prêmio Martins Pena pelo Auto de João da Cruz. Para curar-se de doença pulmonar, viu-se obrigado a mudar-se de novo para Taperoá. Lá escreveu e montou a peça Torturas de um Coração em 1951. Em 1952, volta a residir em Recife. Deste ano a 1956, dedicou-se à advocacia, sem abandonar, porém, a atividade teatral. São desta época O Castigo da Soberba (1953), O Rico Avarento (1954) e o Auto da Compadecida (1955), peça que o projetou em todo o país e que seria considerada, em 1962, por Sábato Magaldi "o texto mais popular do moderno teatro brasileiro".
Em 1956, abandonou a advocacia para tornar-se professor de Estética na Universidade Federal de Pernambuco. No ano seguinte foi encenada a sua peça O Casamento Suspeitoso, em São Paulo, pela Cia. Sérgio Cardoso, e O Santo e a Porca; em 1958, foi encenada a sua peça O Homem da Vaca e o Poder da Fortuna; em 1959, A Pena e a Lei, premiada dez anos depois no Festival Latino-Americano de Teatro.
Em 1959, em companhia de Hermilo Borba Filho, fundou o Teatro Popular do Nordeste, que montou em seguida a Farsa da Boa Preguiça (1960) e A Caseira e a Catarina (1962). No início dos anos 60, interrompeu sua bem-sucedida carreira de dramaturgo para dedicar-se às aulas de Estética na UFPE. Ali, em 1976, defende a tese de livre-docência A Onça Castanha e a Ilha Brasil: Uma Reflexão sobre a Cultura Brasileira. Aposenta-se como professor em 1994.
Membro fundador do Conselho Federal de Cultura (1967); nomeado, pelo Reitor Murilo Guimarães, diretor do Departamento de Extensão Cultural da UFPE (1969). Ligado diretamente à cultura, iniciou em 1970, em Recife, o "Movimento Armorial", interessado no desenvolvimento e no conhecimento das formas de expressão populares tradicionais. Convocou nomes expressivos da música para procurarem uma música erudita nordestina que viesse juntar-se ao movimento, lançado em Recife, em 18 de outubro de 1970, com o concerto "Três Séculos de Música Nordestina – do Barroco ao Armorial" e com uma exposição de gravura, pintura e escultura. Secretário de Cultura do Estado de Pernambuco, no Governo Miguel Arraes (1994-1998).
Entre 1958-79, dedicou-se também à prosa de ficção, publicando o Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta (1971) e História d'O Rei Degolado nas Caatingas do Sertão / Ao Sol da Onça Caetana (1976), classificados por ele de "romance armorial-popular brasileiro".
Ariano Suassuna construiu em São José do Belmonte, onde ocorre a cavalgada inspirada no Romance d'A Pedra do Reino, um santuário ao ar livre, constituído de 16 esculturas de pedra, com 3,50 m de altura cada, dispostas em círculo, representando o sagrado e o profano. As três primeiras são imagens de Jesus Cristo, Nossa Senhora e São José, o padroeiro do município.
Membro da Academia Paraibana de Letras e Doutor Honoris Causa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2000).
Em 2004, com o apoio da ABL, a Trinca Filmes produziu um documentário intitulado O Sertão: Mundo de Ariano Suassuna, dirigido por Douglas Machado e que foi exibido na Sala José de Alencar.


Em 2002, Ariano Suassuna foi tema de enredo no carnaval carioca; em 2008, foi novamente tema de enredo, desta vez da escola de samba Mancha Verde no carnaval paulista.
Em 2006, foi concedido título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal do Ceará, mas que veio a ser entregue apenas em 10 de junho de 2010, às vésperas de completar 83 anos. "Podia até parecer que não queria receber a honraria, mas era problemas de agenda", afirmou Ariano, referindo-se ao tempo entre a concessão e o recebimento do título.[2]

Obras selecionadas


  • Uma mulher vestida de Sol, (1947);
  • Cantam as harpas de Sião ou O desertor de Princesa, (1948);
  • Os homens de barro, (1949);
  • Auto de João da Cruz, (1950);
  • Torturas de um coração, (1951);
  • O arco desolado, (1952);
  • O Rico Avarento, (1954);
  • O casamento suspeitoso, (1957);
  • O homem da vaca e o poder da fortuna, (1958);
  • A pena e a lei, (1959);
  • Farsa da boa preguiça, (1960);
  • As conchambranças de Quaderna, (1987);
  • Fernando e Isaura, (1956)"inédito até 1994".

Romance


Poesia


  • O pasto incendiado, (1945-1970);
  • Ode, (1955);
  • Sonetos com mote alheio, (1980);
  • Sonetos de Albano Cervonegro, (1985);
  • Poemas (antologia), (1999).

 

GILBERTO FREYRE



Biografia


Filho de Alfredo Freyre juiz e catedrático de Economia Política da Faculdade de Direito do Recife e de Francisca de Mello Freyre. Gilberto Freyre é de família brasileira antiga, descendente dos primeiros colonizadores Portugueses do Brasil. Em suas palavras: "um brasileiro que descende de gente quase tôda ibérica, com algum sangue ameríndio e fixada há longo tempo no país".[3] Tem antepassados portuguesesespanhóisindígenasholandeses.[1] Gilberto Freyre inicia seus estudos frequentando, em 1908, o jardim da infância do Colégio Americano Batista Gilreath[4], que seu pai havia ajudado a fundar. Tem seu primeiro contato com a literatura por meio de As Viagens de Gulliver. Todavia, apesar de seu interesse, não consegue aprender a escrever, fazendo-se notar pelos desenhos. Toma aulas particulares com o pintor Telles Júnior, que reclama contra sua insistência em deformar os modelos. Começa a aprender a ler e escrever em inglês com Mr. Williams, que elogia seus desenhos.
Em 1909 falece sua avó materna, que vivia a mimá-lo por supor que ele tinha problemas sérios de aprendizado, pela dificuldade em aprender a escrever. Ocorrem suas primeiras experiências rurais de menino de engenho, nessa época, quando passa temporada no Engenho São Severino do Ramo, pertencente a parentes seus. Mais tarde escreverá sobre essa primeira experiência numa de suas melhores páginas, incluída em Pessoas, Coisas & Animais.
Freyre estudou na Universidade de Columbia nos Estados Unidos onde conhece Franz Boas, sua principal referência intelectual. Em 1922 publica sua tese de mestrado "Social life in Brazil in the middle of the 19th century" (Vida social no Brasil nos meados do século XIX),dentro do periódico Hispanic American Historical Rewiew, volume 5. Com isto obteve o título Masters of Arts. Seu primeiro e mais conhecido livro é Casa-Grande & Senzala, publicado no ano de1933 e escrito em Portugal. Em 1946, Gilberto Freyre é eleito pela UDN para a Assembléia Constituinte e, em 1964, apoia o golpe militar que derruba João Goulart. A seu respeito disse Monteiro Lobato:
O Brasil do futuro não vai ser o que os velhos historiadores disserem e os de hoje repetem. Vai ser o que Gilberto Freyre disser. Freyre é um dos gênios de palheta mais rica e iluminante que estas terras antárticas ainda produziram.
Gilberto Freyre foi também reconhecido por seu estilo literário. Foi até poeta, sendo que o seu poema "Bahia de todos os santos e de quase todos os pecados" entusiasmou Manuel Bandeira. Gilberto Freyre escreveu um longo poema inspirado por sua primeira visita à Cidade de SalvadorBahia de todos os santos e de quase todos os pecados. Impresso no mesmo ano em reduzidíssima edição da recifense Revista do Norte, o poema deixou Manuel Bandeira entusiasmado. Tanto que em carta de 4 de junho de 1927 escreveu: "Teu poema, Gilberto, será a minha eterna dor de corno. Não posso me conformar com aquela galinhagem tão gozada, tão senvergonhamente lírica, trescalando a baunilha de mulata asseada. S!" (cf. Manuel Bandeira, Poesia e Prosa. Rio de Janeiro: Aguilar, 1958, v. II: Prosa, p. 1398). O poema tem três versões: a primeira foi reproduzida por Manuel Bandeira em sua Antologia dos Poetas Brasileiros Bissextos Contemporâneos (1946); a segunda, modificada pelo autor, foi publicada na revista carioca O Cruzeiro de 20 de janeiro de 1942; e a terceira aparece nos livros Talvez Poesia (José Olympio, 1962) e Poesia Reunida (Edições Pirata, 1980).[5]
Portugal ocupa um lugar importante no pensamento de Freyre [6]. Em vários de seus livros, como em "O Mundo que o Português Criou", "O Luso e o Trópico" demonstra o importante papel que os portugueses tiveram na criação da "primeira civilização moderna nos trópicos". Freyre foi um dos pioneiros no estudo histórico e sociológico dos territórios de colonização portuguesa como um todo, chegando mesmo a desenvolver um ramo de pesquisa que denominou de Lusotropicologia.
Ocupou a cadeira 23 da Academia Pernambucana de Letras em 1986. Foi protestante batista, chegando a ser missionário e a frequentar igrejas batistas norte-americanas, quando jovem. Este fato costuma ser ocultado pelos biógrafos e adeptos das teorias de Freyre. Gilberto Freyre retornou ao catolicismo posteriormente.

Obras



 


 

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