quinta-feira, 2 de agosto de 2012

MATERIAL REFERENTE A TEMÁTICA DE AGOSTO I


J. BORGES

 

Biografia
Aos oito anos, o menino José Francisco já trabalhava na terra com o pai. Aos dez, já fabricava e vendia na feira colheres de pau. Foi oleiro, confeccionou brinquedos artesanais e vendeu livros de cordel.
Aos 29 anos, José resolveu que iria escrever cordel. Foi quando fez O Encontro de Dois Vaqueiros no Sertão de Petrolina, com xilogravada por Mestre Dila, que vendeu mais de cinco mil exemplares em dois meses.[1]
Como não tinha dinheiro para pagar um ilustrador, J. Borges resolveu fazer ele mesmo: começou a entalhar na madeira a fachada da igreja de Bezerros, que usou em O Verdadeiro Aviso de Frei Damião.[1] Desde então, começou a fazer matrizes por encomenda e também para ilustrar os mais de 200 cordéis que lançou ao longo da vida.
Descoberto por colecionadores e marchands, viu seu trabalho ser levado aos meios acadêmicos do país. Na década de 1970, J. Borges desenhou a capa de As Palavras Andantes, de Eduardo Galeano.[1] e gravuras suas foram usadas na abertura da telenovela Roque Santeiro,[2] da Rede Globo. Nessa época, começou a gravar matrizes dissociadas dos cordéis, de maior tamanho. Isso permitiu expor no exterior: em 1992, na Galeria Stähli, em Zurique, e no Museu de Arte Popular de Santa FéNovo México. Depois, novas exposições, na Europa e nos Estados Unidos.
J. Borges foi condecorado com a comenda da Ordem do Mérito pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, recebeu o prêmio UNESCO na categoria Ação Educativa/Cultural. Em 2002, foi um dos treze artistas escolhidos para ilustrar o calendário anual das Nações Unidas. Sua xilogravura A Vida na Floresta abre o ano no calendário. Em 2006, foi tema de reportagem no The New York Times.[1] O escritor Ariano Suassuna o considera o melhor gravador popular do Nordeste.[2]
Suas xilogravuras são impressas em grande quantidade, em diversos tamanhos, e vendidas a intelectuaisartistas e colecionadores de arte. Dono de uma técnica própria de colorir as imagens, atende pedidos para representar cotidiano do pobre, o cangaço, o amor, os castigos do céu, os mistérios, os milagrescrimes e corrupção, os folguedos populares, a religiosidade, a picardia, sempre ligados ao povo nordestino.
Em sua cidade natal, foi inaugurado o Memorial J. Borges, com exposição de parte de sua obra e objetos pessoais.[2]

 
MESTRE VITALINO

 

 

Vitalino Pereira dos Santos, o Mestre Vitalino, nasceu em (Caruaru no Distrito de Ribeira dos Campos, 10 de julho de 1909 — Caruaru20 de janeiro de 1963) foi um ceramista popular brasileiro.
Filho de lavradores[1], Mestre Vitalino foi um artesão por retratar em seus bonecos de barro a cultura e o folclore do povo nordestino, especialmente do interior de Pernambuco e da tradução do modo de vida dos sertanejos[2]. Esta retratação fico conhecida entre especialistas como arte figurativa.
O artista passou a desenvolver a modelagem no barro a partir dos 6 anos. Os bonecos eram os brinquedos do menino Vitalino.[3]
As obras de Vitalino ganharam reconhecimento na região Sudeste a partir de 1947, qdo o artista plástico Augusto Rodrigues o convidou para a Exposição de Cerâmica Popular Tilambucano, realizada no Rio de Janeiro. Em janeiro de 1949, a fama foi ampliada com exposição no Masp[2]. Em 1955, integrou em NeuchatelSuíça, a exposição Arte Primitiva e Moderna Brasileiras.[1]
O reconhecimento do artista foi ampliado após a sua morte. A biografia do artista inspirou o samba-enredo da Império da Tijuca nos carnavais de 1977 e 2012. A Festa de São João de Caruaru o adotou como a personalidade homenageada de 2009.[4]
Suas obras mais famosas são VioleiroO enterro na redeCavalo-marinhoCasal no boiNoivos a cavaloCaçador de onça e Família lavrando a terra.[2]
A produção do artista passou a ser iconográfica[5] e inspirou a formação de novas gerações de artistas, especialmente no Alto do Moura, bairro deCaruaru, onde viveu. A casa onde viveu parte de sua vida atualmente é a instalação da Casa Museu Mestre Vitalino. O entorno é ocupado por oficinas de artesãos[6].
Parte de sua obra pode ser contemplada no Museu do Louvre, em Paris, na França. No Brasil, a maior parte está nos museus Casa do Pontal eChácara do CéuRio de Janeiro; no Acervo Museológico da UFPE, em Recife; e em Alto do Moura.[2][5][7]

 

ARTESANATO DE TRACUNHAÉM

Tracunhaém, na zona da Mata do Norte, em Pernambuco, é conhecida como cidade do barro e possuiu vários ateliês e oficinas. A cidade reinaugurou há poucos dias o Centro de Artesanato. O lugar deve se tornar um importante espaço para a geração de renda da população da cidade já que o espaço passou a contar com três galpões para produção e um para produção de barro, três fornos à lenha e um elétrico, além de sala de atendimento a clientes, dormitórios, rampas de acesso, cozinha e salas para exposição e vendas.
O Centro de Comercialização e Produção Artesanal foi reformado a partir de uma parceria entre as Secretarias de Desenvolvimento e Articulação Regional, por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Sustentável da Zona da Mata (PROMATA), e de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos.

 
Leão de Mestre Nuca no Parque Burle Marx, no Rio de Janeiro


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